o que é volatilidade

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O termo “volatilidade” é muito utilizado pelo mercado financeiro, principalmente quando se trata de investimentos em renda variável, tais como ações. De forma introdutória, podemos imaginar a volatilidade como uma medida que busca quantificar a variação dos ativos.

Se você está começando a investir agora, é muito importante que compreenda esse conceito, sua definição, como funciona, etc., para não ser surpreendido na hora de investir. Por isso, separamos este guia para te auxiliar sobre o tema! Boa leitura!

O que é a volatilidade?

A volatilidade é utilizada para medir a variação de um determinado ativo. Sua relação é determinada da seguinte forma: quanto maior a variação do preço do ativo, maior é sua volatilidade. Com isso, temos que a volatilidade possui uma relação direta com a oscilação que o ativo apresenta.

De forma mais técnica, podemos encontrar este conceito sendo definido como a velocidade ou frequência que o ativo varia em um determinado período de tempo definido. Alguns investimentos irão ter uma maior alteração de preço do que outros considerando o tempo analisado, com isso, diferentes volatilidades.

Compreender tal conceito é muito importante para os investidores criarem cenários de preços ou preverem tendências, traçando suas estratégias de investimentos baseados na variação de preço que o ativo possui. Pode-se esperar que um investimento com alta volatilidade, ofereça um alto retorno ou mesmo uma forte queda dependendo da performance do ativo.

Como a volatilidade funciona?

A volatilidade é obtida a partir do cálculo do desvio padrão médio que o ativo possui de acordo com sua variação em determinado período. De forma simples, é considerada todas as variações de alta e variações de baixa para calcular a variação que o ativo possui.

Para ficar mais claro, suponha um ativo A e B que foram negociados ao longo de 5 dias. O preço do ativo nos respectivos dias se encontra abaixo. 

Dias Preço do ativo APreço do ativo B
Dia 1R$ 10R$ 8
Dia 2R$ 5R$ 8,5
Dia 3R$ 8R$ 8,2
Dia 4R$ 10R$ 8,6
Dia 5R$ 13R$ 9

Conforme podemos observar, o preço do ativo A varia muito mais do que o ativo B, tanto é que sua variância é de 8,7%, enquanto o ativo B possui uma variância de apenas 0,148%. Isso significa que o ativo B oferece um menor risco em relação ao ativo A.

Contudo, o ativo A oferece uma maior expectativa de retorno em relação ao ativo B, mesmo que isso não signifique que um será melhor que o outro. Assim como o ativo A oferece um alto retorno, ele também oferece maiores chances de retornos negativos, visto que ele possui uma alta volatilidade. O ativo B, em contrapartida, apesar de também oferecer riscos, oferece maior segurança no curto prazo, por não variar tanto.

Volatilidade e risco são as mesmas coisas?

Não. Apesar de possuírem relação, risco e volatilidade não são as mesmas coisas. Quando falamos em risco de investimentos, estamos nos referindo à probabilidade daquele investimento não sair conforme foi planejado. Já o risco é medido por quão volátil esse ativo é, quanto mais volátil, maior o risco.

A volatilidade é uma maneira de medir o risco de um investimento. Quanto menor ela for, em teoria, menor é o seu risco.

Além disso, o risco é uma variável muito ampla e engloba não só a volatilidade, mas também o cenário da economia, fatores individuais da empresa, câmbio, entre outros. Por exemplo, uma empresa que atua no setor de agricultura poderá sofrer diretamente os impactos das faltas de chuva. Sendo assim, podemos definir a volatilidade como uma das medidas de risco.

Quais são os tipos de volatilidades?

Existem maneiras distintas de determinar o quão volátil um ativo é. As medidas mais conhecidas para esse cálculo são:

  1. Volatilidade histórica

Para o cálculo dessa medida são consideradas variações passadas no preço do ativo. Para obtê-la é preciso calcular o desvio padrão anualizado para saber quanto a cotação varia em relação à média.

O objetivo deste cálculo está em avaliar quais serão as variações futuras, isto é, baseando-se no passado, quanto determinado ativo poderá variar no futuro? A única ressalva dessa avaliação é que não podemos prever o futuro, com isso não há garantias desse padrão ocorrer novamente.

  1. Volatilidade real

Esta medida possui relação com o mercado de negociação de futuros. O mercado de futuros consiste nos preços que os investidores acreditam que determinado ativo terá no futuro, considerando seu estoque, possíveis impactos de demanda, impactos na produção, etc. Um exemplo de ativo futuro é o preço do petróleo (Petróleo Brent Futuros).

Dessa forma, a volatilidade real será determinada pelo preço futuro do ativo. Quanto maior/menor é a distância do preço futuro com o preço de mercado atual, maior tende a ser sua variação. Do mesmo modo, se essa distância for pequena, menor será a variação do ativo.

  1. Volatilidade implícita

Por fim, esta medida consiste em calcular a estimativa o quão volátil o preço futuro de um ativo é. O cálculo é feito a partir da variação histórica do preço do mercado futuro ou dos derivativos.

Conclusões

Conforme podemos observar, a volatilidade é muito importante no mundo de investimentos e deve ser levada em conta na hora de investir, visto que ela possui relação direta com seu retorno e consequentemente com seu risco.

Antes de investir em determinado ativo, busque sempre se informar sobre a variação que o investimento possui. Essa informação pode ser obtida com facilidade em sites de cotações dos preços de ativos. Caso você deseje aprender mais sobre investimentos, separamos alguns posts que podem te auxiliar no assunto. Confira!

Sobre o autor

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Carlos Felipe

Economista e fundador do site Educa Meu Dinheiro. Apaixonado por educação financeira e investimentos
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