tesouro direto como funciona e mais
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O Tesouro Direto se tornou uma das principais aplicações para milhares de brasileiros que desejam começar investir e sair da tradicional caderneta de poupança. 

No entanto, o Tesouro Direto não é apenas um investimento dedicado apenas para investidores iniciantes, mas também para investidores experientes que estão em busca de diversificar e proteger sua carteira de investimentos. 

Pensando em te mostrar tudo sobre o tema, criamos este artigo para quem deseja saber todas as informações necessárias sobre esse investimento, incluindo os principais títulos do Tesouro Direto e os riscos/vantagens envolvidos na operação. Vamos nessa!

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Conheça o Tesouro Direto

Em 2002, o Tesouro Nacional criou o Tesouro Direto, permitindo a qualquer pessoa comprar títulos do governo federal de maneira simples e prática. Ao adquirir um título do Tesouro Direto, o investidor está emprestando dinheiro ao governo que em troca paga uma remuneração a esse investidor.

O Tesouro Direto oferece grandes vantagens, como a possibilidade de começar investindo a partir de R$ 30, liquidez diária para todos os papéis e diversas instituições financeiras participando de forma igualitária, o que reduz o custo para o investidor com taxas. 

Ainda assim, é importante que você saiba escolher um título adequado às suas necessidades, visto que existem muitas opções com diversos indexadores, prazos de vencimento e prazos de pagamento.

Por onde investir no Tesouro Direto?

O primeiro passo para quem está interessado em investir no Tesouro Direto é saber por onde investir. Pensando nisso, separamos uma lista com as 5 melhores instituições financeiras para investir no Tesouro Direto, confira!

XP Investimentos

A XP Investimentos é uma excelente corretora para quem deseja investir no Tesouro Direto. Seu principal ponto positivo é a ausência de cobrança de tarifas para investir no Tesouro (como custódia e aplicação) e sua boa avaliação no mercado em geral, o que dá segurança para os investidores. 

A XP possui integração ao Tesouro Direto, o que permite aos investidores efetuarem investimentos e resgatarem os títulos diretamente na plataforma XP Pro, oferecendo comodidade aos investidores.

Órama Investimentos

A Órama ficou na segunda posição em nossa avaliação das melhores corretoras de valores para quem deseja investir no Tesouro Direto. Possui uma plataforma user user friendly e acessível, um time de atendimento ao cliente qualificado e diversas opções de títulos públicos. 

Além disso, fornece ferramentas educacionais e informações do mercado para auxiliar os investidores na tomada de decisões conscientes. Embora não seja a primeira colocada na avaliação, é uma excelente alternativa para aqueles que querem acessar títulos públicos com segurança.

NuInvest

Na terceira posição temos a NuInvest, uma plataforma de investimentos do Nubank que oferece a seus clientes diversas opções de títulos públicos por meio do Tesouro Direto. Dentre os destaques estão a interface intuitiva que facilita o acesso dos investidores a diversos investimentos. 

Se você já é um usuário do Nubank, pode ser uma boa opção para você começar seus investimentos no Tesouro Direto e você poderá acompanhar todos os seus investimentos em tempo real no app.

Banco Inter

Na quarta posição temos o banco Inter. O banco ganhou destaque nos últimos devido à isenção de diversas tarifas para os investidores.  O Banco Inter oferece várias opções de títulos públicos para investimento: Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado. 

Para quem está iniciando nesse tipo de investimento e deseja investir pouco, o Banco Inter pode ser uma boa opção devido o baixo custo na maioria dos serviços, além de que ele pode ser utilizado como seu banco pessoal.

Itaú

Por fim, temos o Itaú, que também oferece investimentos em Tesouro Direto para os seus clientes através de seu aplicativo ou internet banking. Assim como nas outras opções, com o Itaú você poderá escolher entre diversas opções de títulos públicos.

Você contará também com ferramentas educacionais para te ajudar a investir. Contudo, vale lembrar que as taxas cobradas pelo Itaú podem ser mais altas que as de outras corretoras, o que pode afetar seu rendimento. Portanto, compare sempre as taxas e serviços oferecidos por diferentes corretoras antes de tomar qualquer decisão sobre investimento.

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Crédito editorial: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com

Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto?

A escolha do título público ideal para investir no Tesouro Direto depende das metas e necessidades de cada um. É preciso considerar o prazo em que o investimento será mantido, o risco e qual tipo de título se adequa melhor às metas. 

Existem três categorias de títulos: prefixados, cujo retorno é conhecido desde o momento da compra; pós-fixados, cuja remuneração é determinada por um indexador; e híbridos, que possuem parte da remuneração definida no momento da compra e outra parte atrelada à variação da inflação. É importante ter em mente que os títulos podem apresentar variações diante do mercado financeiro, portanto é preciso levar em consideração sua capacidade em lidar com os riscos.

Abaixo separamos uma tabela como todos os títulos disponíveis no Tesouro Direto e suas respectivas características:

TÍTULOSRENDIMENTOTAXASREMUNERAÇÃO
Tesouro Selic (LFT)Pós-fixadoSelic + Taxa contratadaApenas no vencimento
Tesouro Prefixado (LTN)PrefixadoTaxa prefixadaApenas no vencimento
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)HíbridoIPCA + Taxa prefixadaSomente no vencimento
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)PrefixadoTaxa prefixadaSemestral e após vencimento
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)HíbridoIPCA + Taxa prefixadaSemestral e após vencimento
Tesouro RendA+HíbridoIPCA + Taxa prefixadaApós 60 dias e após vencimento

Veja um pouco mais sobre cada um.

Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic, também conhecido como LFT, é um dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto que acompanham de perto as variações da taxa básica de juros (Selic). Esse título é considerado conservador pois tem baixa volatilidade e a sua remuneração depende da definição do Banco Central em reuniões a cada 45 dias. 

Por ser de baixo risco e permitir liquidez diária, o Tesouro Selic tem se destacado entre os investidores que querem segurança para seus investimentos de curto prazo ou até mesmo para reserva de emergência. 

A rentabilidade sempre é positiva, pois o não apresenta risco de perda do valor investido, sendo uma opção segura para os investidores.

Tesouro Prefixado (LTN)

O Tesouro Prefixado é um investimento para quem deseja se proteger da volatilidade dos juros futuros por ter uma perspectiva clara de rentabilidade em um prazo específico. Ele apresenta risco de oscilação de preço em função das condições do mercado, mas seus retornos são informados na data da aplicação, dando maior segurança ao investidor.

Entretanto, vale ressaltar que caso o investidor decida resgatar antes do prazo, poderá obter um valor menor do que o investido e até mesmo ganhar mais que o esperado, dependendo do momento do resgate, devido a marcação a mercado.

Por isso, é importante avaliar suas necessidades e objetivos financeiros com cuidado antes de investir no Tesouro Prefixado.

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Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

O Tesouro IPCA+, também conhecido como NTN-B Principal, é um investimento que oferece proteção contra a inflação. Seu rendimento é composto por uma taxa prefixada mais a variação do IPCA, o índice oficial da inflação brasileira, e tem garantia do governo federal. 

É importante ressaltar que o valor do título poderá sofrer oscilações devido às expectativas do mercado. Por isso, para maximizar seus ganhos e minimizar os riscos de oscilações no preço, é fundamental avaliar bem o prazo em que pretende investir e adotar uma estratégia adequada.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) é um título público que pode ser muito interessante para alguns investidores, pois ele oferece a distribuição de juros semestrais ao investidor. Isso significa que o investidor recebe a cada seis meses a distribuição de parte do rendimento obtido.

O NTN-F pode ser uma ótima escolha para quem procura rentabilidade e liquidez a curto ou médio prazo. Porém, é importante lembrar que como o título tem seu valor fixado na compra, a rentabilidade total é definida no ato da aquisição e há alterações no valor do título a depender do mercado.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

O Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) é um título híbrido que une um rendimento atrelado à variação do IPCA e outro prefixado. Importante lembrar que a parte de juros somente será recebida integralmente na data do resgate. 

Escolher esse tipo de título significa receber a remuneração combinada a cada seis meses, mas, é necessário ter em mente que o Imposto de Renda incidirá sobre o ganho semestral, cobrado na primeira entrega em 22,5% e decrescendo até 15% para juros distribuídos após 720 dias. 

Assim como o Tesouro Prefixado, o Tesouro IPCA+ está sujeito à marcação a mercado, portanto, caso decida resgatar antes do vencimento, estará condicionado às condições de mercado.

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Tesouro RendA+

O Tesouro RendA+ é um título do Tesouro Nacional criado para auxiliar aqueles que desejam investir e ter uma renda a mais na aposentadoria. É similar à Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B), pois possui parte dos juros vinculados à inflação, igual ao Tesouro IPCA+. 

Tal como em previdências privadas, o Tesouro RendA+ tem um período de acumulação e outro de conversão. Ao longo do primeiro período, haverá o aporte de recursos para formar uma quantia para usufruir no futuro. 

No segundo período começa-se a receber de volta os valores investidos acrescidos dos juros, divididos em parcelas mensais durante 20 anos. Com isso, são realizados 240 pagamentos totalizando o valor inicial estimado. Os recebimentos sofrem a correção da inflação até o prazo final do investimento, preservando o poder de compra.

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Como investir no Tesouro Direto

Para investir no Tesouro Direto, é necessário ter seu CPF registrado e uma conta em alguma instituição financeira habilitada para negociar títulos públicos federais, comumente chamada de agente de custódia. 

A primeira etapa é abrir a conta nesta instituição, seja ela uma corretora de valores ou um banco. Faça comparações entre as taxas cobradas por cada instituição para encontrar a que melhor lhe convém.

O próximo passo para o investimento no Tesouro Direto é a solicitação do cadastro junto à sua corretora. Posteriormente, você precisará acessar o Portal do Investidor com a senha pré-definida fornecida pela B3 e criar uma nova senha de acesso.

O terceiro passo é definir o título de investimento (dentre os que mostramos acima) e o valor que deseja investir. Logo após, você precisa verificar todas as informações e confirmá-las para finalizar o processo.

Por último, é fundamental conferir se os títulos selecionados e o valor destinado para a compra estão corretos e finalizar clicando em “Confirmar”. Depois desse processo, você receberá uma confirmação da transação. 

Qual é o valor mínimo para investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é uma excelente escolha para quem deseja investir com pouco dinheiro, pois o valor mínimo para a compra dos títulos é de apenas R$30, o que não exige um grande investimento inicial. 

Além disso, você pode usar a Aplicação Programada para realizar investimentos mensais pequenos e aproveitar aquela sobra de dinheiro no fim do mês para fazer sua aplicação.

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Crédito editorial: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com

É seguro investir no Tesouro Direto?

Embora os riscos associados à dívida pública sejam quase nulos, é essencial lembrar que existem alguns riscos envolvidos no Tesouro Direto. Porém, em relação a outras formas de investimento, o Tesouro Direto é amplamente considerado como uma das opções mais seguras disponíveis no mercado.

O Tesouro Direto tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)?

Ao contrário de outras aplicações financeiras de renda fixa, os títulos públicos não possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Contudo, eles possuem a garantia do Tesouro Nacional, que nunca falhou em honrar seus compromissos, tornando-se um dos investimentos mais seguros disponíveis. 

Assim, mesmo em caso de falência da instituição intermediária da aplicação (corretora ou banco), os títulos ficam intactos pois são registrados direto na conta do próprio investidor junto ao Tesouro Direto.

Qual a tributação do Tesouro Direto?

Ao investir no Tesouro Direto, é necessário levar em consideração as incidências tributárias que podem se aplicar. Existem duas modalidades de tributação: a tabela regressiva de Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 

O IR varia com base no prazo da aplicação financeira, mas quanto maior o período, menores serão as alíquotas. Para aplicações de até 180 dias, há uma alíquota de 22,5%, enquanto para as que ultrapassam 720 dias, essa taxa cai para 15%. 

No caso do IOF, não há cobrança de imposto para resgate de investimentos com prazo superior a 30 dias.

Perguntas Frequentes

Como funciona o Tesouro Direto?

Com o Tesouro Direto, você pode investir diretamente nos títulos públicos do governo brasileiro. Ao conceder um empréstimo ao governo, você recebe juros sobre seu investimento e o valor de volta na data de vencimento do título. Em troca, o dinheiro ajuda a financiar programas como infraestrutura, saúde e educação que são importantes para toda a nação.

Quais são os 3 tipos de Tesouro Direto?

O Tesouro Direto possui três opções de títulos diferentes. O Tesouro Selic paga juros com base na taxa Selic e é indicado para quem busca segurança e liquidez. O Tesouro IPCA+ tem juros baseados na variação da inflação medida pelo IPCA, é ideal para proteger-se dela. Por fim, o Tesouro Prefixado oferece uma taxa pré-definida no momento da compra, o que permite que você saiba exatamente quanto receberá no vencimento do título.

O que vale mais a pena CDB ou Tesouro Direto?

A escolha entre CDB e Tesouro Direto depende das necessidades e objetivos de cada pessoa. O CDB é emitido por bancos com rentabilidade maior do que a poupança, mas há riscos envolvidos. Já o Tesouro Direto é emitido pelo governo com menor risco de crédito, porém com rentabilidade menor. Portanto, considerar o perfil de risco, a liquidez, o prazo do investimento e a taxa de retorno esperada são fundamentais para tomar uma decisão assertiva.

É seguro investir no Tesouro Direto?

Ainda que não tenha garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), investir no Tesouro Direto é extremamente seguro, pois quem garante o pagamento dos títulos é o próprio Governo.

Sobre o autor

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Carlos Felipe

Economista e fundador do site Educa Meu Dinheiro. Apaixonado por educação financeira e investimentos
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